segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Não adianta 2016!

Não adianta procurar em outras vozes, outros risos. O beijo longo, o sexo verbal, o amor a dois. A letra redonda, o texto comprido, a conversa global, não adianta ir procurar um lugar que te desenvolva uma culinária de amor aos finais de semana. Não adianta mudar a vida, a cama, trocar os lençóis, beber outros vinhos. Mudar o estilo musical, e o de vestir. Os horários de dormir e acordar serem trocados no despertador no dia de Santo Antônio, não adianta não beber suco de laranja e não acender vela. Desligar o som, não deixar Jau cantar, não dançar para evitar. Evitar o caminho, renovar a biblioteca, desistir de ler aquele livro. Não adianta queimar os restos, até as cinzas são lembranças. Não adianta apagar o número, excluir das redes sociais e fingir desleixo. Errar os gostos, desfazer a raiva e dizer que é tudo tranquilidade, é tudo paz. Ah minha querida, não adianta negar o que sua testa reluz. E mudar todos os dias, depois de todas as vezes possíveis, de todos os jeitos possíveis, vai te levar novamente a pedra inicial. Não adianta!

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Histórias de MarAmar.


Menina amarela que faz perguntas descabidas certa feita indagou: 
-Que diaxo era o mar?
E o menino retrucou:
- Uma água tão grande e sem fim... O mar abraça o mundo sem braços e engole a gente sem boca. 
A menina esperançosa alumiou os olhos e pensou em voz alta e simples:
- Então o mar é o Amor que a gente sente um pelo outro. Grande, sem fim, abraça e engole a gente.

Histórias de MarAmar.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Estou de volta pro meu aconchego!!!


Ainda não sei descrever, só posso dar nomes ao que aconteceu, mas não sei descrever o que sinto. Felicidade é pouco.
Meu amor ter você de novo me faz a mulher mais feliz desse mundo!
Seremos felizes, juntinhoabraçadosdormindoroncando.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013


Resolvi tirar uma cesta,depois de não dormi quase nada essa noite. Acordei assustada, tentando recapitular um monte de coisas ao mesmo tempo. Achei que estava sonhando. Diferente de quando despertei pela manhã, que achei que era sonho mas fiquei feliz quando descobrir que não era, agora eu senti medo.
'Ele' leu os textos que escrevi, ele se mostrou, demonstrou.  Assisti um filme que 'ele' indicou, "A prova de fogo" (assistam meninas que tem ex-namorados que passaram em um concurso e vão embora para não voltar, para uma cidade longe, vai fazer bem as vistas e pulmões, choramos uma quantidade considerável de tempo),  que me dizia 'acorda para vida e pega um livro dos 40, 50, 10000000 dias e muda a vida de vocês dois'.
"Como bombeiro eu aprendi a não deixar o companheiro no incêndio."
Quem sabe realmente o que fazer, prosseguir ou jogar fora? Depois de tudo, todas as brigas, mentiras, desconsiderações, raiva. Eu posso afirmar do fundo da alma que passou, passou tudo que era ruim. Nós humanos que nos deixamos perdoar as mágoas, somos a prova de que Deus guarda o bom, o bem. As coisas ruins tendem a passar.
Mas vamos por essa lógica a perceber que "nós" estamos vivos, "nós" permanecemos. Ainda somos comentários pela boca miúda. Muito além disso ainda somos "nós", porque somos mesmo, pelo amor e porque nos queremos assim, dois em uma só palavra, NÓS, nos lembramos assim.
Se eu pudesse a cada vez que eu perdesse minhas energias recarrega-las com sua ligação, sabe uma carga elétrica em seu coração?! Eu imaginei o nunca mais para 'nós'. Eu não soube como agir quando vi sua ligação, achava estranho, silenciava, chorava.
Eu atendi mais uma vez a sua útltima ligação. Será que é Deus? Ou mais uma vez vamos nos machucar querendonãoquerer. Mais uma vez, de novo, outra vez uma coisas que seria ali a última vez, naquela quarta-feira, naquele abraço de carnes tremendo.
Acho que estou ficando louca, eu te amo e sinto que você me ama e isso parece o ápice da minha loucura. Desculpa, mas eu só penso em uma boa noite de amor com beijos de desentupir a pia e um bom escândalo, Sim, sexo daqueles que viramos um dentro do outro, para concretizar o amor, para te ouvir dizer no ouvido "eu te amo", "você é minha mulher".
Pronto, estou em pleno momento de amarrar e levar ao Centro de Atenção Psicossocial. Não devo manter nenhum tipo de alimento mesmo depois da música que você insiste em se enrolar nos meus cabelos, e da ligação em que você ficava quieto do mesmo jeitinho que fazia antes.
Não me faz louca por você mais uma vez, porque hoje eu sou mais capaz das coisas que eu quero. Porém você me causa resistência, isso deve existir da sua parte também, eu sei. Esse sentimento, essas voltas que o mundo dá e nos coloca frente a frente outra vez, me deu medo, por isso acordei assim dessa cesta.
Sinto vontade de sorrir, estou boba apaixonada com 15 aninhos. Mas os meus 20 anos, as dores, as irresponsabilidades pesam muito em minhas costas hoje.
Mas sabe, se viver o futuro do seu lado fosse enterrar as coisas feias, o bicho papão da nossa história, fosse   perdoar erros, reconhecer cada um e enterrar a setes palmos da terra, eu enfrentaria ser sua namorada outra vez. Eu apagaria incêndios com você do meu lado, só para cuidarmos um do outro, depois.
Estou em uma viajem de trem, cheio de vagões, em cada um deles meus pensamentos e nos trilhos você e na fumaça que saí as coisas ruins. Só consigo alimentar o encanto do dia nove de maio, dos seus olhos e sorrisos, isso é a força que faz o trem andar.

Histórias para dormir III

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Um ovo cheio de luz.



 No início um desenho animado. Muito mais, um desenho animado sem áudio, e uma animação tão rica de detalhes e entrelinhas que nos surpreende. A menina que varre o chão e se encanta a cada "explosão" que a Tartaruga faz com suas mãos e um brilho.
 Com o passar das imagens percebemos que a Tartaruga é desenhada maior, aspecto de mais velho e mais experiente. E a menina com aspecto de curiosa, esperta e jovem, com olhos cheios de interesse por aprender. E o intuito do vídeo fica claro quando a Tartaruga pega o pote feito e a argila a moldar e entrega para a menina, e ela questiona. Mas pega a argila e começa a moldar, e ouve mais uma a "explosão". E faz o primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto... Até conseguir, e a cada vez o exemplo da Tartaruga, o brilho e a explosão ao fazer um pote lhe é mais incentivador. 
 Nesse momento torna-se claro que a Tartaruga fez o papel de mediador do conhecimento que tinha sobre a maneira de fazer potes de argila, e passou isso para a menina, que aprendeu e moldou isso até conseguir a sua maneira de fazer um pote tão bom quanto o da Tartaruga. Um mestre e um aprendiz, para questão de nomes. E o mestre espera sempre que a aprendiz o supere. Os olhos dos dois são semelhantes quando eles brilham ao encontrar-se em um mesmo grau de conhecimento. Para a menina que persistiu a fazer o pote e teve sucesso, a Tartaruga lhe mostra que a habilidade com a argila agora depende dela e do que ela sonha em fazer e do que ela buscará. E o sopro cheio de brilho pode representar a força de vontade que é interior e vem cheia de sabedoria e transforma o que temos em nossas mãos em algo útil a nossas vidas. 
 Aprender depende de nós e do outro. É um ato que tem no mínimo duas pessoas envolvidas, e quando existe efetivação do ensino/aprendizado não sabemos ao certo quem ensinou e quem aprendeu, porque isso não fica determinado. A certeza é que agora a menina também sabe fazer potes de argila, ou mais que isso a Tartaruga sabe que pode transformar a menina em um Mestre. 
 Quem realmente é dono do conhecimento? Quando no final temos um ovo feito pelo ensino/aprendizagem, que representa o nascimento da menina no mundo dos que sabem fazer potes de argila. Não só isso, além disso, um ovo cheio de luz, lucidez. A luz que a sabedoria, compreensão, entendimento, conhecimento, aprendizado propõe na nova fase da menina. 
 Vale a pena ser Mestre quando aprendemos que de nós devem partir os primeiros passos, o incentivo, a base, mas nunca a construção pronta.
Mãos na argila para sentir que ser aprendiz é construir seu próprio pote que todo Mestre já construiu e reconstrói a cada novo aprendiz.
                                                                            





segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Engasgada!!!


Mar e Ana, Mareana, Mariana.

Último final de semana de férias. Depois de vinte dias de fuga.

Me entreguei a boa companhia, quieta e serena de Mariana, que me prometia uma conversa e uns puxões de orelha. Normal. Sempre foi assim.
Antes disso, eu havia esvaziado um balão que estava morando/voando dentro de mim. Escrevi para ele. Risos. Acho estranho chamar ele de 'ele'. Sempre o chamei de 'mow'. 'Ele' é meu ex-namorado. 
Mas chegamos a ilha. Sorrisos, brincadeiras, samba, comida. Uma boa noite de sono. Nasceu. Um novo dia, nublado!!! E assim foi o dia inteiro... E se eu disser que dentro de mim estava havendo trovoada e relâmpagos, superando o dia nublado?!. Fugia da conversa. Estranhei isso, sempre fui muito curiosa. 
No final da tarde, dentro do quarto, eu deitei porque estava 'seilá'. E foi quando Mariana me deixou sem saída, mas eu me perguntei de novo se realmente, depois de ter escrito/esvaziado o balão para 'ele' e não haver respostas, valeria a pena conversar sobre 'ele' com ela. Vale a pena sim. Se é amor, sempre vale a pena.
E ela vomitou tudo. Tudo que havia engolido junto com o sorvete daquela tarde em que passara com 'ele', e que até para ela foi emocionante, cada palavrinha, cada gesto, as coisas mais sérias. Mas ela teve que parar.
Sorvete é tão frio e gostoso. Mas o meu choro, ao ouvir aquelas coisas, estava tão alto e desesperador que ela teve que parar um pouco. Foi quando ela percebeu que Eu e 'ele' temos as mesmas dores.
A dor é simplesmente não ter dado aquele abraço do fundo do profundo do coração por tamanha satisfação e imenso orgulho e prazer de ver quem você ama feliz, realizado. Mais ainda... a dor que sentimos é ter compartilhado todos os momentos ruins, choros e rezas e fraquezas e quedas e até mesmo noites frias dentro do cinzento, falando ao telefone e pedindo para voltar logo e que fazia falta o quentinho de ser doisabraçadosdormindoroncando. Quando chegamos ao ponto de chorar perante ao outro, a bonança parece ser partilha obrigatória. É isso que sentimos a necessidade de compartilhar essa bonança. Eu choro porque não gritei 'parabéns mow' e pulei no seu colo e te beijei demorado e depois enxuguei as lágrimas e falei 'e  as mulheres não vão ficar muito de frete se você estiver de farda não mow?! acho bom você fechar a cara logo viu?! e se for bonita?!' E Mariana me disse assim: 'emocionado ele dizia que todos vibraram muito com a vitória dele, mas que faltou um alguém diferente para compartilhar de um jeito diferente, que faltou você'. 
Eu desabei. Descia em queda livre.
E assim ela foi me contando doçuras, azedumes, salgados. Todos os sabores que eu sentia a cada frase que ela dizia. Sabe o doce, tem mais força, eu eu fico imaginando a cena quando ela "cantou" isso: é que 'ele' reza por tu antes de dormir. E a coincidência/destino/amor é que eu rezo/penso/choro por 'ele' antes de dormir. 
Os puxões de orelha foi quando ela percebia 'ele' em posição de "meu pai", falando como se o fosse, e ela deu razão a 'ele', e eu reconheci a razão deles e os meus erros cometidos contra mim e meu futuro. E imitando as minhas falas 'ele' repetia para ela: 'eu conheço Daniela, como nem o pai e a mãe conhecem', não mentia, 'ele' me conhece.
Eu choro ainda mais quando digo para Mariana: "Eu tenho certeza que fui eu quem conquistei ele e o fiz me amar, mas fui eu quem perdi ele. Também fiz isso."
'Ele' não pensa em conversar comigo, eu penso em conversar com 'ele'.
Estou refletindo a frase: "Se Daniela fosse tudo que ela escrevesse eu casaria com ela, na mesma hora". Essa eu senti agridoce.
Sonhei com 'ele' que me dizia: "Apesar disso vou embora dia 16 de setembro, a passagem está comprada, e me dava um abraço."
Acordei, domingo de sol, o mar e ana, Mariana e sua paz de sempre, o mar e sua energia incomparável. 
Joguei fora o primeiro vício. Eu quero sua vida na minha, como exemplo, pro resto da vida. E esse amorimpossível, mas lindo e de verdade.
De volta para casa, exijo ações/mudanças.